NASCEU!
Produzir um livro significa conceber o projeto editorial, pesquisar, decupar,…
Há 75 anos, a Alemanha nazista rendia-se incondicionalmente diante dos Aliados e acabava a II Guerra Mundial (1939-45) na Europa. O conflito, que representou a morte para mais de 70 milhões de pessoas, foi o maior fato da história da Humanidade, com consequências políticas, econômicas e culturais definitivas.
A obra aqui recomendada é um extraordinário guia para entender os porquês daquela que foi uma tragédia anunciada – e derrubar muitos dos clichês acerca de heróis do período.
O milenar adágio “onde há fumaça, há fogo” talvez tenha justificado o título da obra de Nicholson Baker (‘Fumaça Humana’, Companhia das Letras, 2010), cuja fantástica compilação de notas de jornais, discursos, diários e correspondências oficiais ou pessoais reconstrói as décadas do intervalo entre as duas grandes guerras mundiais (1914-18 e 1939-45). Sua narrativa, de parágrafos concisos e contundentes, é dolorosamente reveladora: as manifestações indubitavelmente antissemitas de personagens como Franklin e Eleanor Roosevelt, a venda despudorada de armas a países beligerantes e os massacres promovidos pelos ingleses contra as colônias (Índia, África e Oriente Médio), com a anuência e o aplauso de Winston Churchill – além da descrença dos próprios judeus alemães quanto ao potencial destrutivo dos nazistas.
Esqueça os textos lineares dos historiadores. Baker, um consagrado romancista e ensaísta norte-americano, converteu sua vasta pesquisa em uma sucessão de golpes de verdades históricas perturbadoras. Faz lembrar a frase sentencial atribuída ao senador californiano Hiram Johnson, que em 1917 teria afirmado: “na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade”.
Produzir um livro significa conceber o projeto editorial, pesquisar, decupar,…
Nos muitos encontros literários que tive com crianças e adolescentes,…
Entre profetas e polianas, a Humanidade seguirá como sempre foi……